20 de set. de 2009

Instante

Vícios podres
Que te fazem tão bela
Entrelaçam os odores
Que a noite refestela

Indo ainda a seu encontro
Chuto um feto feito tonto
Vôo e brinco pelo céu
Cinza escuro e carregado
Com pedaços brancos soltos
Como nuvens de papel

Um sapo implora ao lago
Um trago e agora me dizes
Por que cessa sua volúpia
Sede negra das meretrizes?

(Publicado na 52a Antologia de Poetas Contemporâneos, Editora CBJE)

Um comentário: